Mestrado em Química (Pelotas, Rio Grande do Sul)

Universidade Federal de Pelotas

Localização:Pelotas - Rio Grande do Sul

Tipo:Mestria

Modalidade:Presenciais

Características

A Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) situa-se no município de Pelotas (com um campus no município do Capão do Leão), pólo econômico e cultural da região sul do estado do Rio Grande do Sul, situado à margem da Lagoa dos Patos, a 250 km de Porto Alegre e a 600 km de Montevidéu (Uruguai), constituindo-se em importante entroncamento rodoviário do sul do Brasil, conectado a 50 km com o Superporto de Rio Grande. Com grande número de engenhos, Pelotas é o maior centro de beneficiamento de arroz da América Latina. A região sul do RS, onde a UFPEL possui grande influência, deverá se tornar nos próximos anos grande produtora de papel e celulose a partir do eucalipto, além de aumentar sua capacidade geradora de energia a partir do carvão mineral, através da ampliação da usina termoelétrica de Candiota (fase 3). A UFPEL conta atualmente com 170 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, 51 pesquisadores bolsistas de produtividade CNPq e 165 bolsistas de iniciação científica (110 PIBIC/CNPq e 55 balcão), 74 da FAPERGS e 37 PIC/UFPEL. A área de pesquisa mais desenvolvida é a das agrá¬rias, seguida pelas biológicas e saúde (epidemiologia e odontologia). Através de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, a UFPEL exerce grande influência sobre o distrito geoeducacional-36, que inclui uma comunidade de 25 municípios, além de um intenso envolvimento no desenvolvimento da região sul do estado do Rio Grande do Sul. A população universitária no ano de 2003 compreendia um total de 11.813 pessoas, das quais 948 são docentes, 1.167 são servidores técnico-administrativos e 9.698 discentes. O número de vagas para ingresso anual na universidade é de 2.208, sendo 190 para os três cursos de nível médio, 1.504 para os cursos de graduação e 514 para os cursos de pós-graduação. Uma nova área (de 40 mil metros quadrados) na zona portuária de Pelotas foi recentemente adquirida pela UFPEL, a qual receberá o novo campus da universidade, que hoje funciona no Campus Capão do Leão, distante 15 quilômetros de Pelotas. Ali funcionarão, além dos laboratórios, salas de aula e setores administrativos do novo campus, cinemas, teatro e a nova casa do estudante. Muitas das unidades acadêmicas que hoje funcionam no Campus Capão do Leão serão transferidas para o novo campus. O projeto de expansão da Universidade Federal de Pelotas, definido pelo Ministério da Educação (MEC) em novembro/2005, em curto prazo, levará a instituição a instalar campi nas cidades de Jaguarão, Bagé, Santana do Livramento, Caçapava do Sul e Dom Pedrito, com a conseqüente responsabilidade por dois terços dos cursos da futura Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Em quatro anos, mais dois mil alunos serão beneficiados pelo acesso à educação superior pública no interior da região. A formação do consórcio universitário inclui também a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e consolidará as instituições como multicampi. A instituição oferecerá, em cinco anos, 67 cursos de graduação em dez campi. A UFPEL possui, desde 1997, cursos de graduação em química e química de alimentos. Na região existem ainda um curso de graduação em química ambiental na Universidade Católica de Pelotas, graduação em química e engenharia química na FURG (Rio Grande) e curso técnico em química no CEFET-RS, além do curso graduação em química que será criado na UNIPAMPA, em Bagé. O Curso de Mestrado em Química vem ao encontro da política de expansão da UFPEL e da necessidade de atender a demanda do grande número de egressos por qualificação em química, que atualmente dirigem-se a outras IES (UFRGS, UFSM, USP) para realizarem seu mestrado. Contextualização institucional e regional do programa A proposta para a criação de um programa de pós-graduação em química, área de concentração química, em nível de mestrado, surgiu com a evolução do quadro de professores adjuntos (efetivos e com dedicação exclusiva-DE) do Instituto de Química e Geociências (IQG). Este quadro começou a ser renovado após a criação do curso de bacharelado e licenciatura em química, nos últimos anos, com a contratação de doutores em química, bem como a qualificação de docentes que já atuavam na instituição e que atualmente formam o corpo docente do programa. Parte dos docentes deste grupo submeteu em 2005 uma proposta para a CAPES, entretanto a mesma não foi recomendada, sobretudo em função do perfil da proposta indicar uma área mais próxima da bioquímica do que da química, carecendo de uma formação mais geral em química para os egressos. Nossa proposta está baseada no parecer anterior da CAPES, com o diferencial de que novos doutores foram contratados. Entretanto, a área de concentração e linhas de pesquisa da presente proposta seguem a recomendações do parecer e envolvem apenas doutores da instituição. A política de expansão da UFPEL e a criação, a partir da UFPEL, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) também mostra a necessidade de uma demanda por mão de obra qualificada por intermédio de novos cursos de pós-graduação que acompanhem a crescente expansão das IES na região sul do Rio Grande do Sul. Histórico Um aspecto importante do programa é a interação dos docentes com pesquisadores de outras instituições, como UFRGS (F.C. Zawislak, D. Samios, E.B. Caramão, J.C. Del Pino), UFSCAR (E.R. Leite, E.A.Uquietagonzález), DF-IB-Unicamp (L. Sodek), Unesp (E. Longo, J. A. Varela), UFSC (L.F.D. Probst), UFC (A. Valentin), UFS (L. S. Barreto), UFSM (A. L. Braga, C. C. Silveira, M. A. P. Martins, C. Nogueira, G. Zeni), FURG (M. Doca, E. Primel), UFPE (B. S. Cavada), UFES, URI-Campus Erechim, Embrapa-CPACT (S. dos Anjos), Max Planck Institute fur Kohlenforschung, Mulheim/Alemanha (F. Schulh), Ensat - Ecole Nationale Superieure Agronomique de Toulouse (J.-C. Pech, A. Latche, M. Bouzayen). Essas interações ocorrem por intermédio de projetos desenvolvidos em conjunto. Com relação à participação em atividades de extensão, os docentes do Programa participam ativamente de projetos voltados à comunidade de Pelotas e região, que vão desde o monitoramento da qualidade da água do Campus e arredores, passando por cursos de tratamento de água dos municípios da região e cursos de educação ambiental e cursos de segurança em laboratório. O grupo participa também de projetos de formação continuada de professores, contando inclusive com apoio financeiro da FINEP (Pró-Ciências). Objetivos / Perfil do profissional a ser formado: O objetivo geral do Programa de Pós-Graduação em Química em nível de Mestrado (PPGQ) é possibilitar a formação de recursos humanos na área de Química e o desenvolvimento científico-tecnológico nesta área. Mais especificamente, o PPGQ pretende: 1. Formar recursos humanos qualificados na área de Química; 2. Auxiliar no desenvolvimento da região sul na área de Química, através da qualificação e fixação de profissionais; 3. Atender à demanda provocada pelo grande número de profissionais graduados nas universidades da metade sul em química, química de alimentos, engenharia química, farmácia, bioquímica e áreas afins; 4. Atender à demanda dos novos cursos de licenciatura em química, através da formação de profissionais qualificados na área de ensino de química. Perfil do Profissional: O diferencial do Curso de Mestrado em Química da UFPEL em relação aos cursos de Mestrado já existentes no Estado está principalmente no perfil generalista do egresso. A base sólida e geral em química irá ampliar as oportunidades de atuação e inclusão do egresso no mercado de trabalho e/ou programas de doutorado. As linhas de pesquisa do programa permitem aos alunos optarem por uma formação qualificada em áreas da química que possuem importância para o desenvolvimento econômico sustentável da região sul do RS, atendendo à demanda por profissionais qualificados para atuação em pesquisa e ensino de química. O profissional formado no PPGQ estará apto a atuar em setores de pesquisa e desenvolvimento, ensino e assessoria técnica em: a. desenvolvimento e utilização de novas metodologias de síntese de materiais orgânicos e inorgânicos e o estudo de suas propriedades; b. desenvolvimento e utilização de novas tecnologias de extração, purificação e caracterização de substâncias de interesse comercial (biocombustíveis e co-produtos, óleos essenciais e vegetais, etc); c. Desenvolvimento e utilização de novas tecnologias de transformação de produtos de origem natural visando a obtenção de substâncias com maior valor agregado; d. Desenvolvimento e utilização de novas metodologias analíticas aplicadas à análise de amostras ambientais; e. Desenvolvimento e utilização de novas técnicas de ensino de química.

Plano de estudos

Disciplinas Obrigatórias: 1. Físico-Química Avançada 2. Química Inorgânica Avançada 3. Química Analítica Avançada 4. Química Orgânica Avançada 5. Seminários Disciplinas Não-Obrigatórias: 1. Bioquímica Avançada 2. Química de Produtos Naturais Secundários 3. Síntese Orgânica 4. Técnicas de Caracterização de Superfícies 5. Cromatografia 6. Tópicos Especiais em Química 7. Metodologia Analítica Orgânica

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