UCAM - Universidade Candido Mendes

Características

APRESENTAÇÃO A Universidade Candido Mendes tem como mantenedora a Sociedade Brasileira de Instrução, a mais antiga instituição particular de ensino superior do país, fundada em 1902 pelo Conde Candido Mendes de Almeida, juntamente com a Academia de Comércio do Rio de Janeiro. Em 1919, foi criada a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, a primeira escola superior de Economia do Brasil. A Academia transforma-se, nos anos 50, na Escola Técnica de Comércio Candido Mendes, dedicada exclusivamente ao ensino médio. Na mesma década, Candido Mendes de Almeida Junior cria a Faculdade de Direito Candido Mendes, sediada no Convento do Carmo, na Praça XV de Novembro, instaurando um padrão de excelência na área das ciências jurídicas e sendo precursora no ensino da prática forense. Nos anos 60, o atual reitor, Candido Mendes, inaugura o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – IUPERJ, dedicado à pós-graduação stricto sensu, com mestrado e, posteriormente, doutorado em Ciência Política e Sociologia. A qualidade do ensino e do programa de pesquisas desenvolvidos no IUPERJ tem reconhecimento nacional e internacional. Na década de 70, a então Faculdade Candido Mendes se expande para Ipanema e desenvolve programas de formação técnico-científica e cursos de Administração de Empresas, que dão origem aos campi de Campos dos Goytacazes e de Nova Friburgo. Ali também foi criado o Centro Cultural Candido Mendes, ponto de referência da cultura carioca e pioneiro em uma série de iniciativas nas áreas de cinema, teatro, artes plásticas, poesia, vídeo e ensino de extensão. A partir de 1997, ano em que a Candido Mendes é credenciada, por decreto presidencial, como universidade especializada em Ciências Humanas e Sociais aplicadas, novos cursos e campi são criados, entre os quais as unidades da Tijuca, do Centro (Pio X), de Padre Miguel, de Jacarepaguá e do Méier, além das de Niterói, Petrópolis e Araruama, no estado do Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo. Em 2001, surge o Instituto de Humanidades, integrando ensino, pesquisa e extensão, com amplo programa de iniciação científica. Agrega dois centros de estudos e cursos de graduação, nas modalidades de bacharelado e licenciatura, e de pós-graduação, em Ciências Sociais, História, Letras, Relações Internacionais e Produção Cultural. A Universidade Candido Mendes destaca-se das suas congêneres por ser uma instituição historicamente comprometida com a excelência nas atividades de pesquisa e pós-graduação, mantendo centros e institutos de pesquisa, seis programas de mestrado e um de doutorado, bem como dezenas de cursos de pós-graduação lato sensu. Publica sete revistas acadêmicas, entre as quais a prestigiosa Dados – Revista de Ciências Sociais. É conhecida pela realização de importantes seminários nacionais e internacionais, que permitiram trazer ao Brasil expressivas personalidades de diversos países, inclusive Prêmios Nobel. Distribuídas por um total de 16 unidades com 16 cursos de graduação e diversos outros na modalidade tecnológica, as atividades da Universidade Candido Mendes, apoiada em mais de um século de tradição e excelência, em que se firmou como referência nacional e internacional em Ciências Humanas e Sociais, reúnem mais de 20 mil estudantes e 1.000 professores e pesquisadores. SOBRE A UCAM Ao completar 100 anos, a SBI pode dar o balanço do que é a sua vida como instituição, no que marca a sua diferença, a sua "idéia de obra" ou a sua imagem, de um país de memória fraca e de imaginário estereotipado. Até os anos 20, a SBI - mantenedora da Universidade Candido Mendes - se identificava, na prática com o desenvolvimento da Academia de Comércio do Rio de Janeiro, ou, na corruptela em que chegava ao povo a "Esculimia do Candido Mendes ". Nasciam as duas entidades em 1902, ambas pioneiras. Uma, a desdobrar pela primeira vez no país e para as classes médias em começo de expansão, a idéia de um curso profissional. Fugia-se ao padrão das clássicas carreiras liberais do amadorismo das atividades clássicas de balcão de mercancias no Rio de Janeiro ainda mofino, às vésperas da grande explosão urbana do Prefeito Passos. A escola, o progresso, os balconistas e os guarda-livros Os Estatutos da sua mantenedora - a Sociedade Brasileira de Instrução - ficam, até hoje, como modelo de rigidez e criatividade, na enxuteza de sua fórmula e, ao mesmo tempo, na funcionalidade da ambição: servir ao ensino como empenho universal em todas as modalidades da sua excelência e no que fosse sinais dos tempos de novas demandas e especializações. Foi esse o embrião institucional que mereceu, de Rodrigues Alves, uma das primeiras outorgas do privilégio de utilidade pública, bem como o direito a utilizar próprio nacional, ensejando a instalação da Academia na antiga Ucharia do Paço do Carmo. Restauramos o prédio, tirando-lhe a máscara de estuque da Belle Epoque, devolvendo à cidade, no Largo do Paço, o prístino da fachada de 1593. Instituição, a nossa Casa, por força, se reconhece o direito às vaidades. No que é, no espelho, os caminhos que apartou desde o começo e que lhe permitem, por ricochete ou contraste, situar a singularidade de seu propósito. Desde sempre contra os vendedores de água. Desde 1902 recusamo-nos a ser um empreendimento lucrativo. Organizamo-nos ao fio da prestação mais barata - senão simbólica - para atender à fome de ensino da baixa classe média, dos caixeiros e balconistas, que acorriam à carreira nova e à profissionalização capaz de levar-lhes a segurança do emprego e o melhor de seu conhecer. De logo, Candido Mendes Sênior, o Conde, advertia os seus de que educador não é vendedor de água. Ou seja, aproveitador da dramática escassez desses serviços nos países subdesenvolvidos, a transformá-lo sobrepreço possível, não sobrelucro acintoso à pobreza nacional. Os condes apaixonados Pertinaz, desde saída, aprumou-se o orgulho bem delimitado do nosso fazer. Nascia a Casa de uma clara atmosfera intelectual. A de professores católicos e monarquistas, decididos a desenvolver uma visão liberal e privada do ensino a disputar a hegemonia pública, em que se esgotaria a diretriz positivista - republicana do regime inaugurado em 1889. Bana-se o estereótipo fácil, e não se veja a Academia como respondendo a um ideal agnóstico e de classes médias emergentes, encontrando a atividade da educação como veículo de sua mobilidade social. Nasce a SBI dessa perspectiva. Surge do idealismo dos condes pedagogos, ciosos da sua aristocracia do espírito. Os Condes Mendes de Almeida, Fernando e Candido, o Conde de Afonso Celso, o de Ouro Preto, o Conde Carlos de Laet, todos enobrecidos pelo papado, no reconhecimento do trabalho pela defesa da Igreja que realizavam, multiplamente, os idealizadores da Sociedade Brasileira de lnstrução. O pioneirismo permanente Fidelidade, de saída e nunca desmentido pela exploração das Ciências Sociais. Algumas vezes, inclusive, sem que, sequer, se conhecesse no país a sua designação. Data de 1919 o propósito de se criar uma Faculdade de Ciências Políticas no país quando, só nos 60, essa nomenclatura típica de uma visão anglo-saxônica e do campus americano prosperava e definia um novo padrão de desempenho e especialização científica entre nós. Criada a primeira Faculdade de Economia e Contabilidade Superior no país, junto com a Álvares Penteado em São Paulo, mantivemos, até o fim do Varguismo, o papel de provedores do currículo final dessas disciplinas. Pressentimos o estudo científico do poder a, finalmente, se transformar na primeira pós-graduação de Ciência Política no país em 67, a que se somava a de Sociologia no mesmo grau de exigência acadêmica. Ideamos, como Clark Kerr, a multiversidade, não o perfil clássico e pobre dos estudos apinhados num campus único. Pensamos num padrão nítido e contido da nossa oferta básica de Ciências Sociais - Direito, Economia, Administração, Contabilidade Superior, Pedagogia - na sua matriz da Praça XV. A multiversidade e o gigantismo estudantil Moveu-nos a idéia de reproduzir esse mesmo módulo de excelência e tradição, bateado há mais de meio século, a outras áreas do espaço do Rio de Janeiro. Reproduzimo-lo em Ipanema, oferecendo outra opção de ensino em área tradicionalmente delimitada entre a tarefa da PUC e da Santa Úrsula. Continuamos com o implante em Campos e em Friburgo. Presidiria toda a expansão a idéia de se criar um primeiro espaço didático privado, a cobrir progressivamente toda a dimensão do Estado. Tratava-se, ao mesmo tempo, de evitar as tristes migrações, estudando dentro do Rio de Janeiro com o risco, muitas vezes, de cortar na flor - com a falta de volta à terra matriz - vocações, no Norte ou no Centro Fluminense, capazes de dar o melhor de si, se retomassem, de fato, ao meio em que despontaram. O pré-IUPERJ e o Museu Comercial Nos Estatutos abrangentes não quisemos apenas, de logo, ser a Casa tradicional, de estrito ensino e preleção. Muito antes do atual preceito constitucional, dávamos a prova prática de que a plena atividade de educação envolveria, ao mesmo tempo, ensino, pesquisa e extensão. Esta, a praticamos desde entre as duas guerras mundiais, criando o Museu Comercial, disseminando as amostras de novos artefatos da industrialização - menina e criando, com as montras, o serviço de disseminação das nossas excelências no Prata. Ganhou o Museu Comercial o grande prêmio latino - americano de comércio exterior pela qualidade das vitrines que enviou a Montevidéu, às vésperas do primeiro centenário da independência. Ao se criar a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas em 02 de junho de 1919 - primeiro ramo já da nossa trajetória universitária - , assentava-se o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Plantava-se a semente, de forma profética. Entendiam os fundadores que de nada adiantaria a formalidade da transmissão do conhecimento, sem o choque da experimentação num país acostumado à exaustiva reprodução dos modelos de além-mar e ao disfarce apelintrado da realidade, em que se apoiava. Insistimos na promessa e na teima do que veio a ser, em 1963, a concretização, sob a mesma sigla, da primeira organização privada de pesquisa em Ciências Sociais, que é a da nossa Casa das excelências, hoje, na Rua da Matriz. A côngrua e o serviço pelo custo Uma "idéia de obra", pois - medula mesma do que seja a persona institucional -, decanta-se neste quarto de século; no que, em querendo, criamos, em marcas já que transcendem as paredes da Casa. Sem saber inventamos, por exemplo, a economia dos chamados "serviços pelo custo", que vem finalmente, a partir de 1972, a se transformar no padrão das mensalidades escolares e do lucro controlado de um empresário essencialmente social como o do ensino. Meio século após, o bom senso governamental levava à norma a prática dos fundadores da SBI, a fazer jus ao fim do mês quase côngrua a divisão do cobrado quase simbolicamente do aluno pelo número efetivo de assistentes às aulas despojadas. Lutando contra o inverno da polêmica No fio do dizer, não calamos no autoritarismo, buscamos o engenho contra o inverno da polêmica que emudeceu o Brasil, seu debate e suas franquias de espírito, a partir de 64. Durante o negror dos Atos institucionais, pôde a Candido Mendes convidar diversos pensadores internacionais, manter em dia a inquietação do conhecer brasileiro e rasgar-lhe as exigências do humanismo. Arnold Toynbee, Gunnar Myrdal, o juiz Douglas, Edgar Morin, Bob Kennedy, Paul Rosenstein-Rodan, Georges Lavau, Everet Hagen, Samuel Huntington, Alex lnkeles, Talcott Parsons, todos, proto-personas deram-nos a sua palavra e o rumo dos seus conheceres, num país emudecido. Na década que se inicia 64 recrutávamos,anualmente, maior número de vozes do mundo que todo conjunto dos demais campi brasileiros. Enfrentava-se a nacionalidade tecnocrática e suas sanções a bem das ideologias pasteurizadas. Não tínhamos verbas nem subsídios a receber dos orçamentos governamentais, tal como, neste mesmo limite, podíamos - Heleno Fragoso à frente - acolher nas nossas cátedras grandes vozes da universidade pública, cassados ou reduzidos ao silêncio nas suas matrizes de origem. A casa feroz das suas liberdades São dez décadas de uma velha paixão pela excelência que se guarnecem de uma fatura quase de educadores excêntricos, ou de devotos da sua exclusiva convicção do que seja o melhor serviço. Na sua premonição, ou na teima dos valores do passado, nos cursos e teores do aprendizado oferecido, mantivemos o Direito Romano e abrimos os primeiros cursos de Direito Público Econômico. Insistimos na Deontologia Jurídica e implantamos o primeiro curso de Prática Forense - o FUCAM -, antes das práticas dos exames de ordem e das castrações uniformizadoras da OAB. Casa feroz na sua sede de liberdade; dos velhos, sem medo das aposentadorias compulsórias da carreira didática, tratada com preferência e ineditismo, no Rio de Janeiro, à margem dos favores ou das benesses do dono. Casa da comunidade e não da ação-entre-amigos. Feroz nas suas crenças e na verdade intransitiva de uma paixão e de um donaire tão altivo como pobre, no que herdamos, nesta faina e nesta obsessão, de Candido Mendes Sênior (l902-1939) e de Candido Mendes Júnior (1939-1962). MEMÓRIA UCAM A Universidade Candido Mendes, na sua reconhecida tradição de promover seminários nacionais e internacionais, contou com a presença de expressivos nomes do cenário político, acadêmico e cultural, inclusive Prêmios Nobel. Além disso, já concedeu o Título de Doutor Honoris Causa a várias personalidades.

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