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Localização:Pelotas - Rio Grande do Sul
Duração:5 Anos
Tipo:Carreiras Universitárias
Modalidade:Presenciais
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O Curso de Engenharia de Materiais apresenta uma infra-estrutura que possibilita a síntese e o processamento de materiais, contando com laboratórios de síntese e de caracterização. Os laboratórios estão equipados para a obtenção e análise de sólidos particulados e conformados, além de filmes finos.
O desafio que se apresenta o ensino de engenharia no Brasil é um cenário mundial que demanda uso intensivo da ciência e tecnologia e exige profissionais altamente qualificados. O próprio conceito de qualificação profissional vem se alterando, com a presença cada vez maior de componentes associadas às capacidades de coordenar informações, interagir com pessoas, interpretar de maneira dinâmica a realidade. O novo engenheiro deve ser capaz de propor soluções que sejam não apenas tecnicamente corretas, ele deve ter a ambição de considerar os problemas em sua totalidade, em sua inserção numa cadeia de causas e efeitos de múltiplas dimensões. Não se adequar a esse cenário procurando formar profissionais com tal perfil significa atraso no processo de desenvolvimento.
Os problemas científicos e tecnológicos precisam ser tratados de modo integrado. Opondo-se a prática freqüente de departamentalização do conhecimento, cujo acúmulo de informações de pouco ou nada valerão na atividade profissional, principalmente porque o desenvolvimento tecnológico atual é de ordem tão variada e acelerada que fica impossível processar-se com a velocidade adequada à esperada sistematização do conhecimento.
Nesse contexto se insere necessariamente a Ciência e Engenharia de Materiais. Para países em desenvolvimento, existe um baixo custo de mão de obra e pouca regulamentação da produção. Para países desenvolvidos, existe um rápido crescimento de consumo, altas exigências legais, particularmente voltadas para os problemas ambientais e de segurança. Em resposta a estas mudanças, as indústrias de processo, tais como, petróleo, petroquímica, farmacêutica e saúde, agroindústria e alimentos, têxtil, ferro e aço, materiais de construção, eletrônicos, dentre outras, são confrontadas do ponto de vista científico e tecnológico com os seguintes desafios: pesquisar processos inovadores para manufaturar produtos comerciais e produtos intermediários, bem como processamento de sub-produtos; progredir da indústria de intermediários tradicionais para novas especialidades, materiais químicos ativos e indústrias correlatas. Este desafio industrial está relacionado ao mundo pós-genômico (proteômico e metabólico), particularmente as indústrias envolvidas com produtos para a saúde humana, animal e vegetal, materiais avançados, etc, na interface química/biologia, envolvendo biomateriais.
Neste sentido particularmente científico vivemos uma fase de grandes mudanças, que alguns atribuem a uma mudança de paradigmas, que ocorre dentro de toda a ciência e atividade científica. Onde os fatores são múltiplos, mas pode-se destacar dois: o crescimento da complexidade, e o impacto das tecnologias de informação. A complexidade tem perturbado enormemente algumas disciplinas científicas, em particular a todas as ciências da Engenharia. Isto significa que a chave para a sobrevivência num mercado globalizado necessariamente passa por uma revolução no ensino e na pesquisa.
A Engenharia de Materiais é a área do conhecimento humano que está relacionada à pesquisa, ao desenvolvimento, à produção e à utilização de materiais com aplicação tecnológica. Tal área trata, portanto, dos princípios científicos fundamentais e tecnológicos envolvidos no desenvolvimento de materiais para aplicações específicas de engenharia, seja na produção, no processamento e seleção.
Engenharia de Materiais envolve as tecnologias pelas quais materiais são desenvolvidos, selecionados e os processos de produção escolhidos para converter aqueles materiais em produtos, pela definição do projeto, performance, produtividade, qualidade, e critérios de custo efetivo. Envolve a maior parte da tecnologia de que a sociedade depende, sendo que grande parte do desenvolvimento passa pela otimização da produção de novos materiais em escalas de dimensão variáveis, desde materiais macroscópicos até a nanoscópicos, obrigando a um conhecimento mais aprofundado em Engenharia de Materiais.
O mercado de trabalho para o profissional de Engenharia de Materiais abrange indústrias como as metalúrgicas, as de fabricação de componentes plásticos ou cerâmicos, as montadoras (automobilística, eletro-eletrônica etc.), setor têxtil, petroquímico, e as empresas de prestação de serviços de assistência técnica e consultoria. Outro campo de atuação importante do engenheiro de materiais é o dos centros de pesquisa e de desenvolvimento científico e tecnológico.
De uma forma mais ampla, o campo de conhecimento e de atuação profissional identificado e reconhecido da "Ciência e Engenharia de Materiais" está associado com a geração e aplicação de conhecimentos relacionados à composição, estrutura e microestrutura, o processamento dos materiais, suas propriedades e aplicações. A compreensão das relações entre composição e estrutura, entre estrutura e propriedades, bem como entre composição e propriedades, envolve conhecimentos básicos de Física e Química do Estado Sólido. Considerando-se desde os tradicionais compostos inorgânicos e orgânicos, até as estruturas moleculares e as nano-estruturas, essas relações são intermediadas pelos parâmetros de processamento e especificações de produto ditadas pela aplicação a que se destina o material, o que estabelece o caráter de engenharia da área.
Dentre os diversos aspectos envolvidos na Engenharia de Materiais, passamos a citar alguns que podem contribuir para a melhor caracterização desse campo de atuação:
a) a composição e os diversos parâmetros de processamento (temperatura, tempo, velocidade de aquecimento e resfriamento, taxa de deformação, atmosfera, etc.), são os principais responsáveis pela microestrutura dos materiais e, conseqüentemente, pelas suas propriedades;
b) as composições químicas quase nunca são "ideais", sendo que o teor e tipo de impurezas nas matérias primas dependem do processamento e dos custos envolvidos;
c) as aplicações não dependem apenas das propriedades do material, como também de outros fatores tais como o tamanho e a forma a ser dada a esse material, o que limita as possibilidades de processamento (conformação, tratamento térmico, etc.). Como o processamento afeta a microestrutura e as propriedades, as aplicações também dependem da disponibilidade de processos adequados.
A discussão acima coloca o processamento como um dos aspectos centrais da Engenharia de Materiais, enquanto atividades relacionadas ao desempenho e às aplicações dos materiais, que estão na interface entre a Engenharia de Materiais e as outras áreas das Engenharias.
O mesmo pode ser dito a respeito das já mencionadas relações entre propriedades e aplicações, que exigem conhecimentos de outras áreas da Engenharia. Assim, a seleção de materiais, que é uma das áreas de atuação da Engenharia de Materiais, não pode ser independente do projeto do dispositivo ou estrutura em que os materiais serão utilizados e o próprio projeto não pode ser realizado sem a seleção de materiais.
A Engenharia de Materiais integra a Modalidade Industrial de Engenharia onde se incluem as Engenharias Aeronáutica, Mecânica, Bioengenharia, Industrial, Metalúrgica, de Minas, Naval, de Petróleo, Química, de Tecnologia de Alimentos e Têxtil.
O mercado de trabalho se mostra bastante atraente e muitos Engenheiros de Materiais estão ocupando posições de responsabilidade em empresas privadas e estatais, particularmente vinculadas aos setores de pesquisa e desenvolvimento. Os Engenheiros podem ser absorvidos em diversas áreas relacionadas com materiais no campo de Engenharia Nuclear, Petroquímica, Eletro-Eletrônica, Engenharia Biomédica, Indústrias de Transformação, Mecânica, Madeireira, Agrícola, Aeronáutica, dentre outras.
Sendo assim, o projeto pedagógico do curso de engenharia de materiais foi elaborado baseado na referida legislação, nas tendências e novas concepções para a formação de engenheiros, nas áreas de ensino e pesquisa complementares com a engenharia mecânica, eletro-eletrônica, petroquímica, têxtil, agrícola, madeireira, biomedicina, biotecnológicas, mineral e meio ambiente em consonância com as demandas dos sistemas industrial regional e nacional, proposta que esta inserida dentro do programa institucional de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI. Além disso, relacionados a áreas de conhecimento já nucleadas na UFPEL, química, física, odontologia, engenharia madeireira, biotecnologia, arquitetura, dentre outras, com inserção nos mercados de trabalho tradicionais, mas também novas áreas e oportunidades associadas aos desafios científicos e tecnológicos presentes e futuros.
DISCIPLINAS
Física Básica I
Cálculo 1
Química Geral
Geometria e Desenho Técnico
Produção Textual I
Física Básica II
Cálculo 2
Álgebra e Geometria Analítica
Física Básica III
Cálculo 3
Mecânica Aplicada I
Ecologia e Impacto Ambiental
Propriedades Físicas dos Materiais I
Resistência dos Materiais
Estatística Básica
Fenômenos de Transporte
Segurança do Trabalho
Ciência, Tecnologia e Sociedade
Economia e Gestão
Introdução à Engenharia de Materiais
Laboratório de Materiais I
Química Orgânica dos Materiais
Química Analítica e Instrumental
Ciência dos Materiais
Laboratório de Materiais II
Matérias-primas
Termodinâmica I
Termodinâmica II
Materiais Cerâmicos
Materiais Poliméricos
Análise e Caracterização dos Materiais I
Propriedades Físicas dos Materiais II:
Conformação e propriedades Mecânicas
Simulação e Modelagem Computacional de Materiais
Materiais Metálicos
Análise e Caracterização dos Materiais II
Seleção de Materiais
Reologia
Degradação de Materiais
Materiais Compósitos I
Nanotecnologia dos Materiais
Colóides e Superfícies
Materiais Compósitos II
Biomateriais
Processos de Fabricação de Materiais
Metalurgia do Pó
Reciclagem de Materiais
LIBRAS
Elastômeros
Engenharia de Analise de Risco e Beneficio
Tópicos em Nanotecnologia
Metrologia
Bioengenharia
Tecnologia de materiais odontológicos
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