Graduação em Relações Internacionais (Bacharelado) (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro)

Pontifícia Universidade Católica de Goiás
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Localização:Rio de Janeiro - Rio de Janeiro
Duração:4 Anos
Tipo:Carreiras Universitárias
Modalidade:Presenciais
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Relações Internacionais e o mercado de trabalho
* O estudo de Relações Internacionais no mundo
o Vários campos de estudos acadêmicos surgiram no âmbito das Ciências Humanas no século XIX. A Psicologia voltou-se para o estudo da mente humana. A Antropologia e a Sociologia, para estudar o modo de o homem relacionar-se em comunidade. E a Ciência Política, para a relação do homem, do cidadão, do súdito, com o Estado.
o Na alvorada vermelha do século XX, em meio aos horrores da I Guerra Mundial, criou-se o primeiro curso de Relações Internacionais (RI), no norte da Grã-Bretanha. Este novo campo de estudos voltou-se para o estudo das relações entre Estados. Por que ocorrem guerras? Esta pergunta constituiu a principal razão para a criação do curso. A resposta não poderia ser encontrada somente a partir do estudo da mente humana, das relações sociais ou do modo de organização política de uma sociedade. Por isso, as RI são caracterizadas pela interdisciplinaridade. Esta característica do curso fortaleceu-se ainda mais, à medida que novos temas a atores emergiram nas relações internacionais.
o Na segunda metade do século XX, as RI consolidam-se como campo de estudos acadêmicos. Não se estudam apenas a guerra e a paz, mas também fenômenos como a integração regional, o fortalecimento do Direito Internacional, a proteção internacional de Direitos Humanos, a proteção do meio ambiente e a globalização. Não se estudam apenas relações entre Estados, mas também o papel de organizações internacionais, organizações não-governamentais internacionais, empresas transnacionais e indivíduos.
o Essencialmente, estudar RI é estudar os porquês do mundo. Não se trata somente de identificar um aumento nas relações econômicas entre dois Estados, mas de entender por quê isso ocorre. RI não inclui apenas a descrição de uma guerra, mas uma teoria que possa ser usada para explicar e prever outras guerras. Não é saber a história de um país, mas identificar os interesses que regem sua política externa. Não se estudam as normas do Direito Internacional meramente para aplicá-las, mas para compreender por quê são assim e como serão no futuro.
* O estudo de Relações Internacionais no Brasil
o No Brasil, o primeiro curso de graduação em RI foi criado na Universidade de Brasília (UnB), em 1974. O segundo só veio ser criado em 1995, na Universidade Católica de Brasília (UCB).
o A partir da experiência com o curso de pós-graduação lato sensu em Relações Internacionais-Mercosul, que formou 5 turmas entre 1994 e 1998, foi criado o curso de graduação em RI na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás) em 1999 – ainda hoje, o único no estado. Posteriormente, o MEC estabeleceu os padrões de qualidade para os cursos de RI. Desde então, estes passaram a orientar o curso de RI da PUC-Goiás, considerados na matriz curricular de 2009. O curso teve ótimos resultados no processo de avaliação feito pelo MEC em 2004, quando se outorgou o reconhecimento por um período de 5 anos. Em 2007, teve início a primeira turma de mestrado interdisciplinar em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento – criado e coordenado pelos cursos de Direito e de RI da Universidade. No curso de graduação em RI da PUC-Goiás, formaram-se 16 turmas entre 2003 e 2010.
* Projeto Pedagógico do Curso (resumo)
o O curso de graduação em Relações Internacionais da PUC-Goiás tem o objetivo de formar profissionais – analistas internacionais – com uma visão de mundo ampla e multidisciplinar e com ótimas capacidades de comunicação e de liderança. Para isso, o Projeto Pedagógico (PP) do curso e a Matriz Curricular de 2009 fundamentam-se em três eixos acadêmico-profissionais: analista de política internacional, analista de cooperação internacional e analista de comércio internacional e negociações internacionais.
o A carreira profissional de egressos do curso da PUC-Goiás foi exatamente o que motivou a estruturação do PP em três eixos. Percebeu-se que, em algumas universidades do País, o curso de Relações Internacionais adota um viés excessivamente político, o que dificulta a inserção profissional de egressos no setor privado. Em outras, privilegia-se excessivamente o conteúdo de comércio exterior, o que pode indevidamente transformar o curso de graduação em um curso técnico, em detrimento da multidisciplinaridade. Nosso curso de RI pauta-se pelo equilíbrio entre as áreas de formação, pela verdadeira interdisciplinaridade.
o Os objetivos do curso são promover a pesquisa, o ensino e a extensão na área internacional; manter vínculos acadêmicos com instituições nacionais e estrangeiras; e aumentar o entendimento público sobre a lógica que preside o sistema internacional e sobre a busca por soluções éticas, humanas, democráticas e pacíficas para os diferentes problemas mundiais.
o Em relação ao estudante, o curso visa a formar bacharéis preparados para inserção na rede de formuladores e tomadores de decisões internacionais, cientes de sua missão ética e cidadã. Para isso, são oferecidos conhecimentos históricos e teóricos que permitem entender o meio internacional, seus atores e seus fenômenos.
* Mercado de trabalho
o Nosso Projeto Pedagógico prevê a realização de estágio não obrigatório, que pode ocorrer em empresas, associações comerciais, industriais ou de classe e em instituições públicas, com a supervisão de um professor do curso. Prevê-se a inserção profissional do egresso nos setores público, privado, acadêmico e no terceiro setor (organizações internacionais e organizações não-governamentais). O campo de atuação profissional em RI inclui cargos de alto nível nesses setores. A seguir, destacam-se carreiras profissionais de acordo com cada setor.
- No setor público: Carreira Diplomática (Ministério das Relações Exteriores - MRE); Oficial de Chancelaria (MRE); Analista de Comércio Exterior (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC); Oficial de Inteligência (Agência Brasileira de Inteligência - ABIN); Consultor legislativo do Senado Federal e da Câmara dos Deputados; e Assessor da área internacional de governos federal e estadual.
- No setor privado: Agente de Comércio Exterior; Agente financeiro; Analista de mercado; Assessor em Câmaras Bilaterais de Comércio; e Assessor em Entidades Patronais (Federação das Indústrias do Estado de Goiás - FIEG, Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás - ACIEG, etc.).
- No setor acadêmico: pesquisador (o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA – tem contratado pesquisadores), professor universitário e gestor acadêmico-administrativo (Coordenador de curso, Diretor de Instituto, Assessor Internacional de universidades).
+ No terceiro setor: organizações internacionais (Mercosul, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Organização Mundial de Comércio, Agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e organizações não-governamentais (Greenpeace, WWF, entre outras), como consultor, assessor e gestor de projetos.
o Abaixo, é esclarecido o conjunto de atribuições contidas em cada um dos três eixos acadêmico-profissionais mencionados no PP.
+ Analista em política internacional e integração americana: Como assessor em órgãos públicos, planeja, orienta, promove e coordena o processo de planejamento de programas, projetos e atividades internacionais. Assiste Prefeitos, Governadores, Ministros e outros órgãos da Administração Pública direta e indireta, atuando na coordenação e na supervisão dos assuntos internacionais; implementando, em coordenação com diferentes órgãos e entidades públicas, as diretrizes da política externa brasileira; organizando e subsidiando a participação do órgão em feiras de negócios, conferências, assembléias e comitês internacionais. Como Diplomata, representa o Brasil perante nações, organizações internacionais e outros atores internacionais; coleta informações para formulação da política externa; elabora e programa políticas de cooperação internacional; participa de reuniões internacionais; assiste as legações consulares e diplomáticas brasileiras no exterior; protege a vida e os interesses dos brasileiros no exterior; divulga a cultura e os valores brasileiros. Como Oficial de Inteligência, coleta e analisa informações; identifica oportunidades, antagonismos e ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da sociedade e do País; coordena o fluxo de informações necessárias às decisões da Presidência da República. Como Assessor Parlamentar, assiste parlamentares com relação aos temas internacionais e da política externa brasileira que forem colocados em pauta; realiza estudos, notas técnicas e pesquisas para Senadores, Deputados e Comissões, compreendendo a produção escrita de proposições legislativas, emendas, relatórios, pareceres, discursos, revisões de trabalhos e o atendimento a consultas diversas de parlamentares.
+ Analista em cooperação internacional: No setor público, no privado e no terceiro setor, prepara resenhas, textos analíticos, discursos e relatórios de reuniões; organiza eventos e participa da elaboração, gestão e avaliação de projetos; realiza pesquisas, compila dados estatísticos; e elabora projetos de captação de recursos e estratégias de internacionalização de atividades. No setor público e no terceiro setor, estuda o potencial de articulação internacional de políticas públicas, elabora, implementa e monitora políticas de cooperação internacional, para a Administração Pública, para estados, para prefeituras, para associações de governos e de municípios, para associações de setores econômicos, entre outros.
+ Analista em comércio e negociações internacionais: Participa de atividades de promoção comercial no exterior, comunicando-se, negociando e cooperando com governos, consumidores, investidores e empresas; assessora a execução de pesquisas de mercado; elabora de políticas de comércio exterior, de defesa comercial; analisa operações de comércio, de crédito e de financiamento; compila e analisa dados sobre fluxos comerciais e financeiros e sobre balança comercial; prepara discursos e textos institucionais; analisa variáveis políticas, socioculturais, econômicas e de segurança, no âmbito internacional, que podem afetar empresas e que representam oportunidades de negócios; elabora estratégias de internacionalização de empresas; e realiza o planejamento do comércio exterior, incluindo logística, vendas e finanças internacionais.
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