Pós-graduação em Memória, Identidade e Cultura Material (Pelotas, Rio Grande do Sul)
Universidade Federal de Pelotas
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Localização:Pelotas - Rio Grande do Sul
Duração:360 Horas
Tipo:Pós-Graduação
Modalidade:Presenciais
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PÓS-GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA, IDENTIDADE E CULTURA MATERIAL
A criação de um curso de pós-graduação na área de História, Antropologia e Arqueologia, com ênfase em memória e processos sócio-culturais de produção e gestão de memórias, na Universidade Federal de Pelotas, foi decorrente de demandas que se fazem sentir desde muito tempo. Essas demandas vinculam-se a dois fatores: a necessidade de qualificação em História de professores que atuam na rede de ensino e a necessidade de qualificação de profissionais para intervirem na gestão do patrimônio material e imaterial na região de Pelotas. No setor do ensino universitário público havia uma demanda por um programa de especialização direcionado à gestão da memória, especificamente ao gerenciamento do conteúdo histórico dos diferentes acervos de suportes de memória (acervos documentais, fotográficos, musicais, arqueológicos, bem como acervos imateriais). A ênfase na paisagem arquitetônica da cidade aponta para a necessidade de contextualizar culturalmente os acervos detentores de nossa memória coletiva, de buscar encontrar as diferentes e, por vezes conflitantes versões de patrimônio e memória que interagem no mesmo espaço. Ao mesmo tempo, inúmeros projetos visando recuperar e salvaguardar memórias da cidade foram efetivados nesses últimos anos na cidade de Pelotas, a maior parte envolvendo diretamente profissionais das áreas de História e Antropologia desse Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas. Esses projetos surgiram da necessidade advinda da comunidade por uma intervenção mais ativa dos profissionais de História, no sentido de assumirem seu lugar na gestão da memória coletiva. A cidade de Pelotas e sua região notabilizam-se pelo enorme potencial para o turismo cultural, em razão da riqueza de seu legado histórico-cultural. Entretanto, por muitos anos a esse potencial não corresponderam iniciativas bem gerenciadas e planejadas de tratamento da memória. Assim, se por um lado se observava um certo desinteresse, por outro o despreparo para adotar metodologias adequadas tornava estéril algumas dessas iniciativas. Note-se, por exemplo, as nefandas conseqüências advindas do fato de Pelotas não possuir nenhum arquivo histórico, acarretando a freqüente perda de acervos documentais ou a sua migração para outros centros; o mesmo problema ocorre no que tange aos museus existentes em nossa cidade, bastando comparar com o número mais adequado existente na vizinha cidade de Rio Grande- por esse motivo muitas peças acabam migrando para museus de outras cidades, ou simplesmente sendo perdidas.
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