HISTÓRICO DA MANTENEDORA A Congregação das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, à qual pertence a Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis - Zona Norte - (SCALIFRA-ZN), é uma entidade de âmbito internacional, fundada na Holanda, em 1835, por Catarina Damen (1787-1858). Poucos anos depois, a Congregação das Irmãs Franciscanas expandiu-se para a Alemanha, onde se tornou rapidamente conhecida e apreciada pela solidez e determinação de seus princípios de vida e ação educativa. Na segunda metade do século XIX, desenvolviam-se, naquele país, mudanças sociais e políticas, baseadas na teoria do direito do Estado. Os tempos eram de grandes preocupações e conseqüências causadas por guerras. Nesse contexto, as Irmãs Franciscanas tiveram a iniciativa da assistência e cuidado aos feridos, instalando, inclusive, em estabelecimentos próprios, os doentes. Emergiu também, nesse período, o Kulturkamp, ideologia que provocou a luta aberta, dirigida pelo governo da Alemanha à Igreja Católica. Conflitos ideológicos entre Estado e Igreja desencadearam perseguição a pessoas e entidades religiosas, que atuavam na educação em estabelecimentos de ensino. Escolas franciscanas, posteriormente, foram fechadas sob o governo de Bismarck. Em conseqüência da industrialização dos países germânicos, substituindo artesãos por operários, o que ocasionava crescente desemprego, começava a emigração. A par disso, no Brasil, a política imigratória de D. Pedro voltava-se a países europeus, entre eles, a Alemanha, pois via nos seus imigrantes a possibilidade de contrabalançar o poder da oligarquia rural do sul do país. Foi nessas circunstâncias contraditórias que se desenhou um outro caminho para as Irmãs Franciscanas, impedidas de exercerem suas atividades educacionais na própria pátria. Atendendo ao pedido do Padre Guilherme Feldhaus, superior dos jesuítas no sul do Brasil, as Irmãs Franciscanas decidiram-se pelo desafio de assumir o chamado para a América. No ano de 1872, no contexto da política de Estado para o desenvolvimento do sul do Brasil, que favorecia a imigração de europeus e, em atenção à imigração alemã, que se fixava no sul do Brasil, a congregação das Irmãs Franciscanas veio desenvolver, no Rio Grande do Sul, sua missão educativa. Constituindo-se em sociedade civil e mantenedora de instituições de ensino, as irmãs fundaram, em 1903, a Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis, com sede em São Leopoldo. Porém, com a expansão para outras regiões do estado do Rio Grande do Sul e a multiplicação de estabelecimentos de ensino, surgiu a necessidade do desmembramento em dois grupos. O grupo de origem, fundado em 1903, passou a denominar-se Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Central, com sede em São Leopoldo; a nova entidade jurídica de caráter filantrópico e de assistência social, passou a denominar-se Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Norte, SCALIFRA-ZN, constituída em 31 de julho de 1951, com sede na cidade de Santa Maria, RS. Antes desse desmembramento organizacional, a Congregação havia fundado, no ano de 1905, na cidade de Santa Maria, RS, o Colégio Sant’Anna que hoje oferece educação infantil, ensino fundamental e médio. A longa experiência na educação e a forte relação de credibilidade com a sociedade santa-mariense constituíram importantes elementos para a criação das Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras e de Enfermagem, ambas no ano de 1955. Com a expansão da sua área de atuação, a SCALIFRA-ZN mantém instituições educacionais – educação básica e superior - em vários estados brasileiros, regidas pelos princípios da filosofia franciscana. Nesse sentido, empenha-se pela afirmação e defesa da dignidade humana, do respeito à vida e à preservação do meio ambiente. Realiza sua proposta educacional com vistas ao desenvolvimento científico, cultural e social, contribuindo para a formação da pessoa em sua individualidade e no compromisso com a cidadania. Como entidade educacional pauta-se pelos princípios cristãos da justiça, solidariedade e paz. Histórico O Centro Universitário Franciscano, com sede na cidade de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul é instituição de educação superior, de direito privado e de natureza confessional e comunitária, mantida pela Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis Zona Norte – SCALIFRA-ZN. A cidade de Santa Maria é o local em que a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição – FIC e a Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira – FACEM se apresentam como instituições pioneiras na educação superior. A criação da FIC/FACEM teve um importante significado de transformação para a sociedade santa-mariense. O seu funcionamento criou um momento novo na vida dos jovens que puderam transpor o obstáculo de ingresso na educação superior, para muitos uma barreira intransponível, e passaram a freqüentar uma instituição universitária que lhes abriu possibilidades profissionais. Santa Maria, cidade cuja população inicial era constituída por uma grande representatividade de ferroviários e de militares, atualmente se compõe de um número expressivo de estudantes universitários. O ir e vir de uma parte representativa da população desta cidade, oportuniza a vantagem de disseminar em locais diferentes, o saber aqui construído. O ato que deu início a esta instituição ocorreu em 19 de dezembro de 1953, quando a SCALIFRA-ZN assumiu, como entidade mantenedora, com o apoio da Associação Pró-Ensino Superior de Santa Maria, a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição. Esse fato, matriz geradora desta história, constituiu-se no promissor início em vista da dinamização do ensino superior para a cidade de Santa Maria e sua região de abrangência. A consolidação do processo de fundação ocorreu em 21 de março de 1955, pelo parecer 40/55, da Comissão de Ensino Superior do Ministério da Educação, quando foi aprovado o corpo docente e autorizada a realização do primeiro processo seletivo. Em 31 de março do mesmo ano, foi assinado o Decreto Presidencial nº 37.103/55, que autorizava o funcionamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição – FIC, com os cursos de pedagogia e letras anglo-germânicas, cuja instalação oficial foi realizada em 27 de abril de 1955. A Faculdade de Medicina de Santa Maria, fundada em 19/05/1954, evidenciou a necessidade de o campo hospitalar possuir um serviço de enfermagem adequado, o que resultou no pedido à SCALIFRA-ZN, pela Direção da Faculdade de Medicina, Direção do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo e do Bispo de Santa Maria, para a criação de uma Escola Superior de Enfermagem em Santa Maria. O processo de criação do curso superior de Enfermagem foi outorgado aos 16 de maio de 1955, pela Portaria nº 144/55, assinada pelo Ministro da Educação, Cândido Motta Filho, a qual autorizou o funcionamento do curso de Enfermagem da Escola de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira, mantida pela SCALIFRA-ZN, única de nível universitário no interior do Estado. A escola foi reconhecida pelo Decreto Presidencial nº 41.570, de 27 de maio de 1957, e, em 10 de setembro de 1968, pelo Decreto Presidencial nº 63.231, passou a denominar-se Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira – FACEM. O começo contou com o entusiasmo de pessoas comprometidas com o projeto. Não faltaram incentivos e expectativas a esta iniciativa. Houve dificuldades e empecilhos. Foi necessário providenciar prédios, biblioteca, equipamentos, professores... Santa Maria era, na época, uma cidade pouco desenvolvida, situada no centro geográfico do Rio Grande do Sul, estado do extremo sul do país. A criação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 14/12/1960, proporcionou a estudantes, professores e funcionários oportunidade de estudo e de trabalho. Para Santa Maria, expectativa de desenvolvimento. Para a Faculdade Imaculada Conceição impuseram-se dificuldades: evasão de professores e diminuição de estudantes. Outras situações históricas de natureza social, econômica e política não pouparam desafios que, de alguma forma, interferiram na maturação institucional. Embora houvesse contratempos, a FIC prosseguiu seu crescimento. Pode-se comprovar essa afirmativa com os dados de que, no período de 1955 a 1963, foram criados e reconhecidos dez cursos de graduação, para formação de professores. Nos anos subseqüentes, a instituição expandiu sua atuação em cidades próximas. Considerada a presença das Irmãs Franciscanas em várias cidades do estado do Rio Grande do Sul, que mantinham o Colégio Sagrado Coração de Jesus e o Hospital Santa Cruz, a Associação Pró-Ensino de Santa Cruz do Sul insistiu por uma extensão da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição, o que ocorreu no ano de 1967 com os cursos de filosofia, letras e pedagogia; no ano seguinte, o curso de estudos sociais. Essa cooperação manteve-se até 1971, quando os mesmos cursos passaram a ser extensão da Universidade Federal de Santa Maria. Esse período foi de novos empreendimentos e compromissos, pois a FIC manteve-se sob sua administração: na cidade de Alegrete, RS, o curso de letras: português/inglês e português/francês nos anos de 1969 a 1971 e, na cidade de São Gabriel, o curso de estudos sociais no período de 1968 a 1971. Posteriormente, esses cursos foram incorporados, respectivamente, à Fundação Educacional de Alegrete e de São Gabriel. A Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira – FACEM manteve o curso auxiliar de enfermagem no Colégio Santíssima Trindade em Cruz Alta, no período de 1988 a 1991; em Rio Pardo, nos anos de 1989 a 1995, e, na cidade de Uruguaiana, de 1992 a 1997. A capacitação de auxiliares de enfermagem qualificou o atendimento hospitalar e os cuidados de enfermagem para as comunidades das respectivas cidades. A suspensão dessa presença extensionista ocorreu em conseqüência da diminuição da demanda regional, atendida nas diversas edições do mesmo curso. Pelo período de quatro décadas, FIC e FACEM desenvolveram seu trabalho em cursos de licenciatura e no curso superior de enfermagem, além de oferecer também o ensino nos níveis de auxiliar e de técnico de enfermagem. A instituição contava com corpo docente qualificado para o desenvolvimento de cursos de especialização, ao mesmo tempo em que era necessária a atualização dos professores em vista das mudanças na área educacional. Assim, a criação de cursos de pós-graduação lato sensu, no ano de 1976, constitui uma decorrência do processo de atualização institucional. A FIC e a FACEM funcionaram isoladamente em sua organização administrativo-pedagógica até o ano de 1995, quando foram unificadas pela Portaria nº 1.402, de 14 de novembro de 1995, do Ministro de Estado da Educação e do Desporto e passaram a denominar-se Faculdades Franciscanas – FAFRA. Com as Faculdades Franciscanas, iniciou-se uma fase de crescimento pela ampliação de cursos de graduação e de pós-graduação lato sensu, expansão da infraestrutura física e organizacional e capacitação de docentes, o que possibilitou encaminhar sua transformação em Centro Universitário. Assim, pelo decreto presidencial de 30 de setembro de 1998, publicado no Diário Oficial da União, de 1º de outubro de 1998, foi credenciado, pela transformação das Faculdades Franciscanas, o Centro Universitário Franciscano, mantido pela Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Norte, com sede na cidade de Santa Maria. A instituição foi recredenciada pela Portaria nº 1.564, de 27 de maio de 2004, do Ministro da Educação, publicada no Diário Oficial da União, de 31 de maio de 2004. Nesse contexto, a UNIFRA tem uma trajetória de experiência no ensino superior. Comprometida com a causa educacional e coerente com sua concepção institucional, desenvolve a produção e divulgação do conhecimento, a promoção da cultura e contribui para o desenvolvimento técnico-científico e social, em consonância com a filosofia franciscana. Constitui-se, assim, em um complexo educacional que oferece cursos de ensino pós-médio à pós-graduação stricto sensu. Nessa construção, compreende-se a complexidade desta história institucional quando se considera a importância das vivências individuais e a construção coletiva. Uma história não linear, mas progressiva, pois tem o ir e vir dos fatos do cotidiano. Enfim, em permanente processo de construção pela qualidade do projeto humano. Hoje, o Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, fruto da integração FIC/FACEM, é uma idéia que se materializou. Conhecido e respeitado nos meios acadêmicos locais e nacionais, é uma instituição que compõe o cenário desta cidade e contribui para o seu desenvolvimento social, cultural e educacional. Os dias passaram e o futuro, outrora desejado, tornou-se presente. Assim, a história se faz também no momento atual, caracterizado pelo pluralismo e diversidade. Embora nem sempre seja possível antever as possibilidades, responsabiliza-nos a projetar o futuro. Esse breve relato tem o intuito de reconhecer e afirmar o trabalho dos que contribuíram para o desenvolvimento do Centro Universitário Franciscano e, presentemente, a todos que promovem o seu crescimento. Missão Desenvolver e difundir o conhecimento técnico-científico e a cultura em suas múltiplas manifestações, distinguindo-se pela excelência acadêmica na formação de profissionais íntegros e de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento humano e o bem-estar social a partir dos princípios cristãos. Campus O Centro Universitário Franciscano está sempre se atualizando. A cada ano que passa, a infra-estrutura é modernizada, novos cursos vão surgindo e o trabalho relacionado à pesquisa, ao ensino e à extensão torna-se mais sólido e atuante. Um diferencial importante para quem busca um ensino superior de qualidade, além de bons professores e modernos equipamentos, é ter a chance de estar em contato permanente com o mercado de trabalho. Para isso, o Centro Universitário Franciscano oportuniza aos seus alunos diversos caminhos, desde cursos e congressos a intercâmbios com outras universidades e instituições empresariais. Aliando qualidade de ensino, infra-estrutura completa para o desenvolvimento do saber e tecnologia, o Centro Universitário Franciscano prepara muito mais que bons profissionais. Forma cida-dãos íntegros, "capazes de interferir no mundo em constante transformação". Conselho Universitário O Conselho Universitário, órgão máximo de função normativa e deliberativa em matéria de administração universitária, tem sua composição, competências e funcionamento definidos no Estatuto e no Regimento Geral. O Conselho Universitário atua como conselho pleno e tem regulamento próprio. Conselho de Áreas O conselho de área, órgão deliberativo de cada da unidade de ensino, pesquisa e extensão, com atribuições normativas e consultivas em matéria administrativa, didático-científica e disciplinar, tem sua composição e atribuições estabelecidas no Estatuto. O conselho de área tem regulamento próprio. Reitoria A Reitoria, órgão executivo da administração superior, é constituída pelo Reitor e pelos pró-reitores de Administração, de Graduação e de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. A direção superior é exercida pelo Reitor e compreende a coordenação superior e a supervisão da administração, da representação e da articulação externa do Centro Universitário. A direção geral é exercida pelos pró-reitores e compreende a participação na administração superior e a supervisão geral das funções relativas às atividades das unidades de gestão, ensino, pesquisa e extensão, denominadas áreas de conhecimento. As atribuições da Reitoria estão previstas no Estatuto.
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